Após uma paralisação nacional dos taxistas filiados à ANATA – Associação Nacional dos Taxistas de Angola, que culminou numa greve com manifestações intensas durante três dias, muitos angolanos começam a defender a redução da tarifa de táxi para 150 kwanzas.
A reivindicação surge como uma tentativa de aliviar o peso económico que o transporte impõe ao cidadão comum, sobretudo em zonas urbanas e suburbanas. De acordo com relatos recolhidos em Luanda e arredores, muitos cidadãos afirmam gastar entre 20 a 40 mil kwanzas por mês apenas em deslocações, um valor que dizem não compensar face aos salários e ao custo de vida actual.

Para os utentes, a descida do valor da corrida pode representar um sinal de sensibilidade social das autoridades, numa altura em que o país enfrenta desafios económicos e sociais acentuados.
O salário mínimo nacional está fixado em 70 mil kwanzas, mas muitas pessoas vivem com rendimentos que variam entre 15 a 50 mil kwanzas mensais. A esse rendimento somam-se despesas fixas como electricidade, água, alimentação, escola e saúde, tornando o custo do transporte um fardo diário.